13.9.06

A saga do passaporte - Parte 1

Acordei meio lesada hoje. Talvez porque o Pipe acordou à uma da matina achando que já eram sete. Fica de pé no berço, futuca o móbile, ouve todas as musiquinhas e me olha com aquela carinha risonha de "Bom diaaaaaaaa manhêêêêê!!!" Não, filhinho, dorme que ainda está de noite. Depois de uns cinco - dez talvez - quilômetros rodados pelo quarto, finalmente ele voltou para o mundo de Morpheu.

Lá pelas nove e meia rumei para a sede da polícia federal, afim de dar entrada nos passaportes. Mas calma que antes carece de ir até o centro, naquele cartório que está sempre entupido de gente, naquele bairro onde achar vaga pra estacionar é tão simples quanto ganhar na megasena.

- Bom dia, eu gostaria de reconhecer firma para este documento, por favor.
- Ah, autorização para passaporte 'de menor'? (escrito beeeeeem grande no documento - com excessão do 'de menor')
- Isso.
- Por autenticidade ou por semelhança?
- Hein??? (já pensando "xiiii vai dar m...")
- Você quer reconhecer firma por autenticidade ou por semelhança?
- E qual a diferença entre as duas?
- Por autenticidade o senhor Antonino teria que estar presente para que pudéssemos reconhecer firma e...
Nem esperei pela segunda explicação, já que essa estava fora de cogitação a não ser que o cartório fosse no Canadá.
- Mas para este tipo de registro, qual o procedimento?
- Ah, se é só pra reconhecer, qualquer uma das duas serve. (???)

Foi com a leve intuição de que já havia dado m... que paguei o serviço e rumei para a Polícia Federal, faltando vinte minutos para o encerramento do prazo para recebimento de solicitação de passaporte. Sim, eles só recebem das nove às onze da manhã.

- Mas como mudou??
- Mudou senhora, lááááá para o início da José Longo...
Pensado:
P.. que p...
Dito: muito obrigada.

Vôo para o tal lugar, estaciono em frente, o guarda me manda tirar o carro que ali é só pra viatura. Eu olho pra ele, conto até cinco mil e penso que não seria nada prudente armar barraco dentro da Polícia Federal. Percorro a rua, uma, duas, quatro vezes, estaciono lá onde o Judas perdeu o band-aid e venho caminhando. Pensando bem, faz bem caminhar... mas corre que faltam cinco para as onze!

Pego a senha, 13ª. Sorte?

Não.

Lembra do reconhecimento de firma? Tinha diferença sim, e muita. Documentação barrada, manhã perdida. E o Pipe vai ficar sem passaporte, pelo menos até o Pai voltar de viagem.

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