Feedback do curso de batismo
São Pedro ouviu a minha ladainha e resolveu mandar uma frente fria refrescar o calor da última semana. Até o Pipe dormiu melhor essa noite, com o barulhinho da chuva. Consequentemente, a mãe aqui também.
Fizemos, finalmente, o curso para o batizado. Nem foi tão ruim assim... Elisângela, mentir é feio! Tá bom: foi chato. Mas muuuuito chato mesmo, confesso. Mas como já passou, passou. Resumindo, das quatro horas que ficamos sentados naquele banco duro da capela, aproveitou-se, estourando, uma delas. Dos tópicos que foram apresentados, somente o que diz respeito à explicação do sacramento do batismo em si é relevante. Afinal, não era para isso que estávamos ali? Mas o povo insiste em dar "mini"curso sobre a bíblia e tasca a apresentar transparências destrinchando a composição da sagrada escritura. Ao meu ver, totalmente desnecessário, já que estudo da bíblia compete aos cursos de teologia e catequismo.
Mas, o pior de tudo foi, depois da introdução sobre as religiões, onde o palestrante jurou que não estava ali para julgar a católica como única e atestar a falsidade das demais, ouví-lo fazer piada - isso mesmo, piada - com a religião islâmica. E os trocadilhos infâmes não pararam por ai... Um outro seminarista - exibindo um "only rock'n roll" na camiseta - contou uma anedota do bêbado que invadiu uma cerimônia de batismo dos evangélicos. O povo ri e o circo estava armado. Só faltou mesmo o pão.
Na verdade, me senti hipócrita sentada ali naquele banco. Eu não sou católica. Não partilho da maioria das idéias da igreja. Mas meu marido e nossas família são. Sendo assim, não me oponho ao fato de batizar meu filho. Meu problema não é com os ensinamentos de Jesus Cristo, mas sim com a interpretação que os homens deram a eles.
Por isso permaneci. Foquei o objetivo e filtrei tudo o que ouvi. Acho que é de boa educação você entrar em uma casa e respeitar as normas da família. Já que eu estava ali por minha própria vontade, nada mais justo do que ouvir e respeitar. Se gostei ou não, já é problema meu.
Mas teve uma moça que quis discutir com o palestrante. Isso eu não acho certo. Religião não se discute, gente. Só que muita gente ainda não aprendeu isso. Estávamos no tema "casos especiais". Para encurtar o causo, certinho é pai e mãe casados na igreja uma única vez e pronto, com filhos deste (e só deste) matrimônio. Tudo o que foge disso, é caso especial. A moça era casada só no civil e com um evangélico que não aceita o batismo do filho na católica. Problema dela com o marido, certo? Intimidade deles. Mas ela se sentiu ofendida em ver o seu caso no projetor e botou a boca no mundo. A coisa piorou quando o palestrante disse que o caso dela não se enquadrava em "união sem benção", mas sim em "mãe solteira", já que o marido - evangélico - era dado como "inexistente" pela igreja católica. Imaginem o angu de caroço que isso rendeu.
Ruim pra gente, que pagou o pato e teve que ficar ouvindo aquilo tudo por mais meia hora além do prazo.
Pior pra moça que falou o que quis e escutou o que não queria.
E azar do mundo, onde até quem é vítima de preconceito, tem lá o seu preconceito contra alguma coisa. Vai entender.
Bom pro Pipe que recebeu a visita dos "dindos" e brincou a valer com eles. Sem se preocupar se ele rezará o terço, receberá passe, orará voltado para meca ou passará parte da vida num mosteiro zen no Nepal.
Ele é que está mais do que certo.
Fizemos, finalmente, o curso para o batizado. Nem foi tão ruim assim... Elisângela, mentir é feio! Tá bom: foi chato. Mas muuuuito chato mesmo, confesso. Mas como já passou, passou. Resumindo, das quatro horas que ficamos sentados naquele banco duro da capela, aproveitou-se, estourando, uma delas. Dos tópicos que foram apresentados, somente o que diz respeito à explicação do sacramento do batismo em si é relevante. Afinal, não era para isso que estávamos ali? Mas o povo insiste em dar "mini"curso sobre a bíblia e tasca a apresentar transparências destrinchando a composição da sagrada escritura. Ao meu ver, totalmente desnecessário, já que estudo da bíblia compete aos cursos de teologia e catequismo.
Mas, o pior de tudo foi, depois da introdução sobre as religiões, onde o palestrante jurou que não estava ali para julgar a católica como única e atestar a falsidade das demais, ouví-lo fazer piada - isso mesmo, piada - com a religião islâmica. E os trocadilhos infâmes não pararam por ai... Um outro seminarista - exibindo um "only rock'n roll" na camiseta - contou uma anedota do bêbado que invadiu uma cerimônia de batismo dos evangélicos. O povo ri e o circo estava armado. Só faltou mesmo o pão.
Na verdade, me senti hipócrita sentada ali naquele banco. Eu não sou católica. Não partilho da maioria das idéias da igreja. Mas meu marido e nossas família são. Sendo assim, não me oponho ao fato de batizar meu filho. Meu problema não é com os ensinamentos de Jesus Cristo, mas sim com a interpretação que os homens deram a eles.
Por isso permaneci. Foquei o objetivo e filtrei tudo o que ouvi. Acho que é de boa educação você entrar em uma casa e respeitar as normas da família. Já que eu estava ali por minha própria vontade, nada mais justo do que ouvir e respeitar. Se gostei ou não, já é problema meu.
Mas teve uma moça que quis discutir com o palestrante. Isso eu não acho certo. Religião não se discute, gente. Só que muita gente ainda não aprendeu isso. Estávamos no tema "casos especiais". Para encurtar o causo, certinho é pai e mãe casados na igreja uma única vez e pronto, com filhos deste (e só deste) matrimônio. Tudo o que foge disso, é caso especial. A moça era casada só no civil e com um evangélico que não aceita o batismo do filho na católica. Problema dela com o marido, certo? Intimidade deles. Mas ela se sentiu ofendida em ver o seu caso no projetor e botou a boca no mundo. A coisa piorou quando o palestrante disse que o caso dela não se enquadrava em "união sem benção", mas sim em "mãe solteira", já que o marido - evangélico - era dado como "inexistente" pela igreja católica. Imaginem o angu de caroço que isso rendeu.
Ruim pra gente, que pagou o pato e teve que ficar ouvindo aquilo tudo por mais meia hora além do prazo.
Pior pra moça que falou o que quis e escutou o que não queria.
E azar do mundo, onde até quem é vítima de preconceito, tem lá o seu preconceito contra alguma coisa. Vai entender.
Bom pro Pipe que recebeu a visita dos "dindos" e brincou a valer com eles. Sem se preocupar se ele rezará o terço, receberá passe, orará voltado para meca ou passará parte da vida num mosteiro zen no Nepal.
Ele é que está mais do que certo.
1 Comments:
Estou indo daki a pouco para um curso de batismo... coloquei no google para matar um pouco minha curiosidade desse curso... e enontrei seu post... muito bem humorado... agora já vou +ou- sabendo o q vou encontrar... aff... :)
Fabíola
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