26.9.06

Padecendo no Paraíso

Pipe não escapou dessa porcaria generalizada que os médicos chamam de virose.
Vomitou (pela primeira vez na vida), tomou plasil no bumbum. Chorou um tiquinho e ficou olhando de cara brava para o enfermeiro dono da arte. Esse é meu filho!

Já está bem, graças ao meu Pai Maior. Aliás, só Deus mesmo para olhar por nossas crianças. Os hospitais vivem abarrotados delas, desitradas, soltando tudo por cima e por baixo. E é duro para uma mãe, vendo seu filho desse jeito, ter que se contentar com a conclusão do médico residente:
- É virose, mãe. Vai passar.
- Mas, que virose? O que causa isso?
- Ah... várias coisas, 'tá dando' muito por aí. A pediatria (Deus nos livre!) tá cheia hoje.

No nosso caso, não foi diferente. A única medicação que o residente (estávamos em SRita e no PS de lá, ainda mais de madrugada, só com residente e sem médico sênior para avaliar), iria prescrever seria um remédio que só poderia ser comprado quando a farmácia abrisse de manhã (não, lá na terrinha não tem farmácia 24 horas. Alguém se habilita?). Foi aí que o Pipe - para meu desespero - chamou o hugo novamente. Dos males o menor: depois disso o médico resolveu prescrever o plasil.

Infelizmente, meu sobrinho Cacá não teve a mesma sorte. Atendido no hospital, recebeu o mesmo plasil injetável, voltou para casa e continuou vomitando. A ordem médica era continuar a hidratar com o soro caseiro. De manhã, quando Mamãe retornou com ele ao PS, não deu outra: internação imediata por desidratação. O pediatra - que minha mãe chamou por conta - quis saber quem foi o responsável por ter deixado o menino voltar para casa no estado que estava. Na certa, o mesmo residente que nos atendeu na madrugada de domingo para segunda, virando seu segundo plantão consecutivo. Coisa ilegal e passiva de punição pelo CRM, diga-se de passagem. Mas que, assim como a tal da virose, anda em moda nos hospitais do nosso amado Brasil.

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