10.10.06

Quem canta seus males espanta

Domingo batizamos o Pipe. Acho que ele era o maiorzinho da turma, haviam muitos bebês, bem "inhos" mesmo. No banco de trás do nosso, havia um casal de gêmeas, lindas do alto dos seus três meses. Rosadas e rechonchudas em seus vestidinhos de babado. Logística com gêmeos é mais complicada, sempre tem que ter alguém por perto para dar aquele suporte. E eu que antes de ser mãe sonhava em ter gêmeos hoje sei como a natureza é sábia!

Enfim deu tudo certo e foi um dia muito especial, com direito a cantoria de improviso na varanda da Vó Cleusa. Rolou de tudo, desde bossa, MPB, samba, seresta, passando pelo bom e velho progressivo até desfechar num flamenco que o Padrinho tirou da manga quando resolveu mostrar que também entendia do riscado. E eu, que não sou boba nem nada, também arrisquei lá umas musiquinhas.

Mas o dia foi mesmo do Pipe: ele chegou cansado da igreja - que na temperatura mais se parecia com um forno de padaria visto por dentro - mas depois de um bom banho e de uma sonecona acordou de bateria nova. Brincou, engatinhou por todos os cantos possíveis e imagináveis, fez muita bagunça e muita pose. Dançou e bateu palminhas quando cantamos a música do Sítio pra ele. Na verdade, o Pai queria mesmo era que o Tio coruja cantasse o tema de abertura de Sinhá Moça, mas não estava no repertório... Ah, vocês não sabem? O Pipe AMA abertura de novela! Ele pára tudo o que está fazendo (até de chorar se for o caso), vira para a TV e dança (dança de neném, para quem não sabe, é ficar chacoalhando o tronco pra cima e pra baixo). A preferida dele é a das sete, "alô, alô marciano..." É uma figura esse meu filho.

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