27.9.06

Certamente, não sou eu a última romântica. (ainda bem!)

Viajei nesse post da Mariana. Achei lindo, sincero. Tipo de coisa que faz a gente lembrar de tantos momentos vividos de igual ansiedade, do mesmo frio na barriga.
Histórias de amor sempre me fazem suspirar. Filmes românticos me deixam com nó na garganta e aquela vergonha boba de quem não quer ser vista chorando.
Histórias de amor são dádivas. Longas, curtas, profundas ou de um flerte, não importa. Cada um ama à sua maneira e por isso o amor é tão senhor de si: se adapta, se rende, se molda, feito planta que nasce em fresta de pedra e mesmo em meio à rudeza desabrocha em flor.

Feliz de quem tem um amor para contar. Não precisa ter sido pra sempre, muito menos atual, pode ser em forma de saudade, mas daquela saudade boa que não machuca a lembrança, ao contrário, arranca suspiros. Porque amores de verdade, ao contrário do que reza a crença, não tem a obrigação de durar para sempre. Podem, sim, viver de uma vida, como apenas de um dia, talvez até de poucas horas. Quem há de mensurar o amor? Não existe um "eu te amo um pouquinho", um "eu te amo um tantão assim ó". É só "eu te amo" e ao amor, o amor se basta.

Porém, na prazeirosa - mas nem por isso fácil - tarefa de fazer o amor perdurar, há de se reinventar o sentimento. De se cultivar aquela ansiedade gostosa do primeiro encontro, de se redescobrir e se reaprender um ao outro, como sabiamente disse a Mariana. Paciência e compreensão constituem a dieta básica do amor. Respeito mútuo e carinho são o fermento para esse bolo.
Afinal, todos nós somos seres mutantes. Até os mais conservadores mudam, para melhor ou para pior (...). E para sobreviver a todas as intempéries da vida: amor. Mas amor, cultivado, tratado, bem assistido.

Há quem viva ainda na ilusão de que o amor não está necessariamente ligado ao romantismo. Pra mim, um não vive sem o outro. Quem ama manda flores (para elas e também pare eles, como não?), liga no meio do expediente pra dizer que está com saudades. Deixa bilhetinho escondido pela casa, cobre o outro quando o frio aperta na madrugada. Põe foto no porta retrato, música especial no toque do celular. Quem ama, lembra do aniversário de namoro/dia que se conheceu/casamento. E se esquece, não tem vergonha de pedir desculpas com aquele vinhozinho debaixo do braço. Quem ama não tem receio de parecer ridículo. Não pensa se "vai ficar bem" ou se vai "pagar mico". Se tiver que pagar, paga e paga sorrindo.
Porque ao amor, o amor se basta e pronto, oras.

Eu tenho uma história de amor. Com direito a risos, lágrimas, emoções e um 'q' de dramalhão mexicano a que todos os verdadeiros amores estão fadados. Mas, por enquanto, ainda não posso contá-la. Pois essa história, ainda estamos escrevendo. E, se depender da gente, ainda há de levar um bocado de anos para que esse livro fique pronto. Que por aqui, não há ninguém com pressa.

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