31.8.06

Velha Infância

Finalmente consegui o manual da cam em português. Não que eu tenha alguma coisa contra o inglês, mas essa preguiça me mata. Meu maior perrengue sempre foi tentar traduzir ao pé da letra tudo o que leio nessa bendita língua. Daí já viu, como diz aquele personagem do "Carandiru" (Drauzio Varella): é sem chance.

A viagem do Jr para a Áustria subiu no telhado. Por mim, tudo bem, já que além de eu não ir mesmo, domingo tem festinha de criança e com ele para brincar com o Pipe eu fico liberada para comer mais! Nhammmmm... Credo, eu não disse isso, disse?
Mas eu espero que a de Montréal não suba. Pode até subir, mas não caia. É que eu estou preparando uma listinha de pequenos objetos de desejo - hô, hô, hô - coisa básica, nada demais. Só um adaptador, uma tele, uns filtrinhos e um tripé, pra gente começar a brincar de ser fotógrafa. Tem que aproveitar, pois como diz meu pai, nos "extrangero" é tudo mais em conta.

E por falar em fotografia, meu super-irmão me mandou hoje uma das poucas (deve ter mais uma ou duas) fotos da minha infância:

Tudo bem que esse 'sépia' da época parecia mais hepatite do que qualquer outra coisa... Mas também, na roça, em 1976 não sei podia exigir muito. Saca só a pose do maninho, um luxo.
Detalhe do mesmo vestido em três cores diferentes: dá-lhe photoshop das antiga! Alguém aí sabe como eles faziam isso?

Mas até que eu era bem bonitinha, né?
Uai, peraí: como assim ERA, cara pálida??? Posted by Picasa

30.8.06

All that you can't leave behind

Foi só eu falar em cantar que o Leonardo e o Felipe já me deixaram encabulada... Afe meninos, lembra que eu disse que moooooooorro de vergonha de cantar em público??? Ué, cantar aqui não seria em público não??? Porém-contudo-todavia, por aqui o freguês tem sempre razão. Na primeira oportunidade, vou pedir ao meu super-irmão Marquinhos que me ajude a produzir uma cantiga para vocês. Ai que chique, né? Euzinha atendendo a pedidos!!!

Well, mas isso me faz lembrar de um 'causo' muito dos emocionantes que se passou comigo.Pois bem, quando eu conheci o Jr, há muito já não tocava em barzinhos e tal. Mas, em rodinhas de amigos sempre havia um pra me "dedurar" e assim ele ficou sabendo que eu cantava.
Durante todo o tempo em que a gente namorou, ele só me ouviu cantar uma única vez e por isso ficou de bronca comigo e sempre me dizia que eu já havia cantado para todo o mundo (quem dera!) menos pra ele. Imagina o tamanho do bico dele ó...
Entonces, quando a gente marcou o casório, eu pensei cá com meus botões se não seria uma boa oportunidade de me redimir. Falei com a maestrina que havia contratado e ela me olhou com aquele olhar desconfiado tipo "já vi essa história antes e não deu certo..." Tive que "matar a cobra e mostrar o pau" (essa expressão é um horror eu sei, mas não me veio outra à cabeça) e assim a convenci de que não haveria fiasco algum. Depois foi a vez de fazer capela para o Padre e também o convencer que eu não passaria mal, desabaria a chorar ou cantaria um sucesso do bonde do tigrão na casa do Senhor.
Na verdade, eu não tinha a mínima idéia como seria, afinal, eu nunca havia me casado antes, portanto, não poderia prever minha reação. Mas daí já era tarde, eu já havia inventado a moda e parti pro 'seja o que Deus quiser'.

Ensaiamos "Como é grande o meu amor por você", do Robertão, com piano, sax e violino. Ficou um desbunde.
Na hora combinada - ao final da cerimônia - enchi o peito e vamos que é tarde. Comecei e os músicos vieram atrás. Ouvir a minha voz ecoando pela nave da igreja me fez lembrar de que, quando crianças, eu e meu irmão cantávamos nas coroações do mês de Maria.
A reação das pessoas só sei dizer por ouvir contar, já que eu só tinha olhos para o Jr. Ele, por sua vez, desabou num pranto até então contido, mas numa emoção maravilhosa de se ver. Então se acalmou e curtiu o momento. Quando sai do transe, todos em volta choravam - até os homens, hôhô - e me olhavam como se eu fosse a Clara Nunes ressuscitada. A maestrina aplaudia, feliz da vida. Acho que foi um grande momento, para todos nós.
Na festa, abracei a causa e interpretei "Como Nossos Pais" para os nossos pais e padrinhos. Emendei com "Velha Infância" para o Jr e fechamos - com chave de ouro - com Walk On do U2, música que considero o tema desse meu amor imortal. Nessa última, botei o Jr na roda e assim finalizamos a minha participação de noiva cantante.

E assim seguimos vivendo, felizes para sempre... Só que agora ele continua reclamando: de que eu só canto para o Pipe. Eu aguento??? Posted by Picasa

28.8.06

Jogo da Verdade

Ai, Jesus! A Ana me deixou uma batata quente nas mãos... O lance de publicar por aqui oito "cousas" ao meu respeito. Vixe, será que eu sei tanto assim sobre mim?

Well, let's go!

Oito Verdades Incontestáveis (e irremediáveis) sobre mim:

Verdade Primeira: Amo cantar. Sei que nasci para isso, que faço com gosto e bem feito, mas admito que simplesmente morro de vergonha de fazê-lo em público, ao contrário do que as pessoas acham e configuram como "charminho". Talvez seja por isso que fecho os olhos quando canto.

Verdade Segunda: Acredito piamente na reencarnação - a despeito de qualquer religião ou doutrina. Sei (e sinto) que por aqui já estive e ainda estarei várias vezes. Acredito também que minha relação com minha mãe é algo de muitas e muitas vidas, tal é o sentimento que temos uma pela outra. Vai além de amor mãe e filha e cada dia mais me convenço que se hoje sou sua filha, em outros tempos - não muito distantes - fui sua mãe. A vontade que tenho de cuidar e protegê-la, só não é maior do que a minha vontade de abraçá-la e sentir aquele cheirinho gostoso para sempre.

Verdade Terceira: Sou uma pessoa de muitos conhecidos, mas de poucos amigos. Talvez por culpa própria, por até hoje não ter entendido que muitos interpretam meu jeito "matuto" de ser como sinal de ausência e desinteresse. Talvez porque eu não deixe bem claro que, mesmo em silêncio, continuo aqui. Por isso, sinto falta de tanta gente que por mim passou e que se perdeu nesse mundão de meu Deus. Gente que eu adorava e que, mesmo sem notícias, continuam a fazer parte da minha vida.

Verdade Quarta: Sou 99% emoção. Era 100%, mas depois que me tornei mãe achei que precisava de um pouquinho de razão aqui dentro. Talvez seja por isso que tenha me apaixonado por uma pessoa que, na hora do vamos ver, é razão em primeiro lugar. Esse choque de opostos quase me custou a pele, mas hoje é o que me completa, o que me harmoniza. E foi daí que surgiu o que me é de mais sagrado na vida, meu filho. Ser mãe foi - e é! - a melhor coisa que podia ter me acontecido.

Verdade Quinta: Sim, eu me arrependo de muita coisa que fiz na vida. Ao contrário do que tanta gente diz, encaro o arrependimento uma auto-defesa, um alerta de que você aprontou algo que não te fez bem e que, por sua vez, delimita uma linha da qual você não deverá mais ultrapassar. A não ser que queira se arriscar a sofrer (ou fazer sofrer) novamente.

Verdade Sexta: Luto todos os dias para não ser egoísta, pois acho que esse sentimento é inerente ao ser humano e deve ser dominado. Através disso aprendi que não importa o tamanho da nossa solidão, nunca devemos usar irresponsavelmente o amor do outro como cobertor para o nosso frio. Sentimentos não devem ser encarados como passatempos.

Verdade Sétima: Apesar de me interessar por gastronomia, não sei cozinhar. Não morro de fome, mas me falta algo que certamente foi dado generosamente ao meu irmão. Fazer o quê, ele cozinha (nhammmmm...), eu como.

Verdade Oitava: Não me formei no que eu queria, trabalhei só pelo dinheiro. Se um dia virem por aí alguma mostra de fotografia assinada por mim, que seja embaixo do viaduto não sei das quantas, ou no MAM de São Paulo poderão dizer: agora ela encontrou o seu caminho. Mas, se não acontecer, tudo bem. Aprendi a ser feliz com tudo o que tenho (e grata por), do meu jeito, com meus erros e meus acertos, minhas qualidades e meus defeitos e essa criatividade enorme para pensar nas coisas que gostarei de ser quando crescer. Só não me peçam para administrar uma empresa, peloamordeDeus!

Agora, quero ver as "Oito Verdades Pessoais" da , da Teti, do Léo, da Yara e da Ciça. Vão encarar???

Sai zica!

Gente, estou precisando me benzer. Primeiro o carro (que vai visitar o tio mecânico amanhã), depois o chuveiro (nesse já demos jeito, ficar sem banho é que não dava) e agora - tchantchantchantchan! - a máquina de lavar.
A dita cuja começou com umas frescurites na semana passada, então na sexta-feira agendei uma visita do técnico para as oito da manhã de hoje.
Deu oito e meia, nada.
Nove horas, ninguém.
Nove e meia, eu não aguento e ligo para lá:
- Alowwwwww, cadê o técnico que vinha aqui? Ah, reunião? E não dava para avisar não, seus piiiiiiiiii de uma piiiiiiiiiiiii... (os piiii, eu falei só quando desliguei o telefone, pois minha mãe me deu educação).
Dez para as onze da manhã chegaram os mocinhos, dez minutos depois eu descubro que a "placa mãe" da máquina de lavar pifou. Recebi o orçamento de módicos 328 reais, morri mas voltei da entrada do túnel de luz porque lembrei que tinha um filho pequeno para criar.

Ah, os dissabores da era digital... Se fosse uma máquina do tempo da minha mãe, era só dar uns chutões bem dados na bicha que ela voltava a funcionar loguinho, loguinho.

:o/

Janopês liberô, nê?

Como diz a moça desse blog aqui, vamos ao "\o/pidaite" do post anterior: os japoneses liberaram as fotos da Britney no metrô de Tóquio. E sem a censura.

25.8.06

Só do cotovelo pra cima, hein?!

Depois do carro bancar o engraçadinho com a minha cara, ontem foi a vez do chuveiro: pifou bem no meio do banho. Do meu, claro. Com aquele frio todo que estava fazendo, o jeito foi ignorar o cabelo cheio de creme e sair de fininho... Fazer o quê, sou uma diva!
Coitado foi do Jr. que depois teve que encarar um banho "de cruzadinha", como diz a Ana, na água gelada. Brrrrrrrrrriiiiiiiiiii...

Por falar em diva, é sabido que a Britney Spears pousou grávida para a capa da "Harper's Bazaar", foto a qual eu achei linda por sinal. Pois bem, acontece que os editores, visando a publicação da versão janonesa da revista, decidiram expor o cartaz da capa numa estação de metrô no centro de Tóquio, mas não do jeito que gostariam. Os administradores do metrô acharam a foto "estimulante demais" para o local. Resumo: os editores se convenceram a exibir o pôster, mas cobrindo a foto abaixo do cotovelo da moça, com um recadinho dizendo: "Pedimos desculpas por esconder essa parte de uma bela imagem de uma futura mãe".

Êita povo pra ver maldade em tudo, até em mulher grávida. Credo.

É a nossa cara!

Dêem uma espiada nisso. Não é a cara do brasileiro fazer uma gambiarrazinha???

23.8.06

Mordendo a língua

Tá decidido: depois de ver a Preta Gil interpretando (ou pelo tentando) a Rita Lee no Metrópolis , resolvi que vou criar um blog só pra esculhambar com gente que se acha.

Afinal, como já dizia Raulzito, eu também vou reclamar!

Não se preocupem: vai ter lencinho pra limpar o veneno que escorrer do cantinho da boca.

São caboclos querendo ser ingleses...

Se na dieta o trabalho só começa depois do fim de semana, no senado é só depois da eleição.

22.8.06

Deu a louca na mãe - parte 1 1/2

Quando eu estava grávida, passava horas e horas e mais horas na internet, navegando - a propósito, não sei porque uso esse termo já que navegar lembra barco, barco lembra água, que me lembra que eu não sei nadar e que morro de medo, credo - por sites sobre gravidez, filhos e tal. Nisso, eu me tornei a "arroz de festa" da newsletter, recebendo de e-mail de promoção de berço até lançamento de ração para cachorro (taí, até hoje não sei porque recebi esse e-mail). É lógico que, quando eu recobrei a sanidade mental depois do nascimento do Pipe (ou pirei de vez, sei lá), surtei com tanto e-mail a toa. Dos trocentos diários, reduzi para algumas revistas de comportamento e só.
Por causa de uma dessas newsletter, estava eu no site da Meu Nenê quando vi um desses banners de promoção. Era algo tipo "complete a frase" e como eu gostei do tema, resolvi escrever. Era para se falar sobre quais eram os melhores momentos quando estávamos com nosso(s) filho(s). Poxa, escrevi lá, sem pretensão alguma, só o que eu sentia em resposta aquela indagação.

Pois bem, hoje recebi um sedex suspeitíssimo (pois se você recebe uma encomenda paga, de um destinatário desconhecido, das duas uma: ou é cobrança - cruzes - ou é bomba - tá mais na moda, né?). Abri meio desconfiada e qual não foi a minha surpresa quando descobri uma coleção inteirinha de DVD's do Bebê Mais ! A ficha demorou a cair pois não veio nem uma cartinha, nem nada informando sobre o que era tudo aquilo. Pensei, pensei e quando o Tico e o Teco já estavam a beira de um colapso nervoso, ôpa... não era esse o prêmio daquela promoção do site da Meu Nenê? MILAGREEEEEEEEE!!!! Eu que não ganho nem frango assado com vinho Marcon em bingo de quermesse ganhei uma coleção com 6 (SEIS!) DVD's educativos para o Pipe!!! Ai, que luxo!

Pensando bem, acho que vou aproveitar essa tissuname de sorte e vou lá fora tentar fazer o carro pegar. Se ele pegar de primeira, talvez seja um sinal para dar um pulinho até a lotérica e fazer uma fezinha, que tal???

Tá bom, tá bom: menos Elisângela.

Deu a louca na mãe - parte 1

Hoje levei o Pipe à odontopediatra, que nada mais é do que uma dentista infantil. Só que para que isso acontecesse, foi aquela novela. Quem tem filho pequeno sabe que a gente anda sempre no limite do horário, por mais que se programe: ou é papinha na roupa, ou é xixi, sem contar com aquele nº 2 que espera você colocar o bebê na cadeirinha do carro para resolver bater a canequinha clamando por liberdade. Lembra da velha máxima sobre padecer no paraíso? Pois então.
Mas, por incrível que pareça, nenhuma das alterantivas anteriores ocorreu. Foi o carro que resolveu tirar o dia de folga, a revelia da minha vontade. Não pegou de jeito nenhum. Daí pensei: será que a tal previsão da noite mais fria do ano tem a ver com isso??? Frio + carro à álcool e todo mundo sabe no que resulta. Mas pera aí: é Fiat sim, mas posso garantir que não é nenhum 147 (não que eu tenha algo contra, mas é que esse no inverno não pega nem com reza braba). E aquela macumbinha que joga gasolina no momento da ignição e promete evitar surpresas desagradáveis como essa? Afe, preciso de um curso de mecânica de automóveis e urgente.

Resumo da ópera: tira Pipe da cadeirinha, amarra Pipe no carrinho e sai loucadescabelada para a odontoclínica. Sorte que fica aqui dentro da vila mesmo...

Mas calma que o causo não termina por aqui. Notei que os dois dentinhos do Pipe estavam ficando manchados de preto. Histeria total, vocês podem imaginar, né? Já pensei logo em cárie, tratamento de canal e todas as barbáries possíveis - por isso a visita ao especialista.
Pois bem: Combiron. Esse é nome da porcaria que manchou os dentes dele. É uma vitamina com ferro amplamente receitada pelos pediatras. Até aí tudo bem. Mas imaginem como eu fiquei contente quando a dentista chamou uma pediatra que olhou pra mim e perguntou: "Mas porque seu filho está tomando vitaminas? Ele teve algum caso de anemia? É um garoto tão fortão!"

Eu é que te pergunto, cara-pálida!

Gente, quem me conhece sabe que eu sou A V E S S A a remédio. E a única droga que o Pipe tomou até agora foi justamente esse ferro-manchador-de-dentes-de-bebê. Me senti uma completa imbecil. O que me deixou mais incomodada foi que o próprio pediatra do Pipe levantou a lebre que o escurecimento dos dentes podia ser devido ao ferro, mas mesmo assim não suspendeu o uso. Poxa, pra que usar um trem desse sem necessidade?

Agora me rebelei: botei o raio do composto ferroso pra tingir o lixo. E tenho dito.

21.8.06

Friozinho, filminho...

Pois é, fim de semana em casa, bora ver filminho.

Sábado à noite, Pipe no berço, vimos O Virgem de 40 anos . Se foi o vinho eu não sei, mas rimos um montão. Principalmente a cena da depilação (imagine o Tony Ramos se depilando), é hilária.
Só digo uma coisa: quem tem amigos como os dele, não precisa de inimigos.

Já o segundo DVD, que prometia muito, fez feio. O tailandês Espíritos é o que eu chamo de "filmezinho ai que meda". Até que começa bem, com um sustinho aqui, outro ali, mas depois se torna decepcionantemente previsível. Além do mais, não me agrada muito aquela escuridão toda, típica dos filmes de terror asiáticos (tá bom, tá bom, isso me dá medo). Para quem quiser conferir, preste atenção à cena em que a dita-cuja-vinda-do-além puxa a coberta do mocinho: quem assistiu ao "O Grito" vai sacar na hora o plágio. Esse outro sim, pode se dizer um filme de terror. Nem me lembre, credo.

19.8.06

Para pensar

Sofre de REUMATISMO,
Quem percorre os caminhos tortuosos
Quem se destina aos escombros da tristeza
Quem vive tropeçando no egoísmo.

Sofre de ARTRITE,
Quem jamais abre mão
Quem sempre aponta os defeitos dos outros
Quem nunca oferece uma rosa.

Sofre de BURSITE,
Quem não oferta seu ombro amigo
Quem retesa, permanentemente, os músculos
Quem cuida, excessivamente, das questões alheias.

Sofre da COLUNA,
Quem nunca se curva diante da vida
Quem carrega o mundo nas costas
Quem não anda com retidão.

Sofre dos RINS,
Quem tem medo de enfrentar problemas
Quem não filtra seus ideais
Quem não separa o joio do trigo.

Sofre dos PULMÕES,
Quem se intoxica de raiva e de ódio
Quem sufoca, permanentemente, os outros
Quem não respira aliviado pelo dever cumprido
Quem não muda de ares.

Sofre do CORAÇÃO,
Quem guarda ressentimentos
Quem vive do passado
Quem não segue as batidas do tempo
Quem não se ama e, portanto, não tem coração para amar alguém.

Sofre da GARGANTA,
Quem fala dos outros
Quem não solta o verbo
Quem repudia
Quem omite
Quem usa sua espada afiada para ferir
Quem reclama o tempo todo.

Sofre do OUVIDO,
Quem julga os atos dos outros
Quem não se escuta
Quem costuma escutar a conversa dos outros
Quem ensurdece ao chamado divino.

Sofre dos OLHOS,
Quem não se enxerga
Quem distorce os fatos
Quem não amplia sua visão
Quem vê tudo em duplo sentido
Quem não quer ver.

Sofre de DISTÚRBIOS DA MENTE,
Quem mente para si mesmo
Quem não tem lucidez
Quem preza a inconsciência
Quem menospreza a intuição
Quem não vigia seus pensamentos
Quem não pensa na vida
Quem se ilude
Quem mascara a realidade
Quem não areja a cabeça
Quem não se dá
Quem não ama.

Causa e efeito.
Ação e reação.

Tudo está intrinsecamente ligado.
Tudo se conecta o tempo todo.
E assim passam os anos sem que o ser humano conheça a si mesmo.

Somos, certamente, o maior amor das nossas vidas!
Assim como o nosso maior inimigo é aquele que está oculto e que habita,
Inexoravelmente,no interior de nós mesmos.

(Autor desconhecido. Caso alguém conheça a autoria, favor postar aqui para que sejam dados os devidos créditos).

16.8.06

...

1 x 0 pro Inter. Afe, vou dormir que eu ganho mais.

:o/

15.8.06

Domingo de estreante

Esse foi o primeiro dia dos pais do Jr, com direito a babada do filho logo pela manhã e tudo. O quê? Vocês acham que só quem tem cachorro é que pode se dar ao luxo de ser acordado por uma bela babada? Então estão por fora.
Ganhou presentinho, cartãozinho, tudo como manda o figurino. De quebra, fez um vôozinho e pousou pouco depois de Paraíso. Enfim, um domingo feliz, principalmente para um pai voador.

Enquanto ele estreava, meu pai já passava do seu septuagésimo Dia dos Pais. Para ele, eu desejaria um daqueles almoços de domingo de comercial de macarrão ou daquele último da companhia telefônica: mesa cheia, rodeada de filhos, a velha companheira ao lado, sorrisão no rosto. Mas parece que esse não é o seu desejo. Passou o dia calado, num canto do sofá, nem sequer se deu ao luxo de abrir o único presente que recebeu - o meu. Único, porque minha mãe e os outros se cansaram de ouvi-lo dizer que não gostava de ganhar presentes e, assim, desistiram de tentar agradá-lo. Na verdade, nem sei dizer porque eu não desisti também. Sei lá, vai ver que sou teimosa mesmo.

Vira e mexe, eu me pergunto o que falta a ele. Vindo de uma família humilde, batalhou a vida toda. Conseguiu criar seus seis filhos e formar cinco deles. Tem uma esposa dedicada e maravilhosa, tem sua casa e seu carro. Poderia se dizer vitorioso, mas não se acha, não se contenta e às vezes acho que ele se esforça ao máximo para ser infeliz.

Olho para trás e tento enxergar onde foi que ficou aquele pai engraçado que eu achava a cara do Raul Gil. Aquele que me botava no colo e me deixava acreditar que era eu quem estava dirigindo a velha Bandeirante. Aquele que jurava que tinha a maior pança do mundo pois havia engolido uma melancia inteirinha. Que se espremia atrás das portas só para nos assustar. O homem que amava os maveriques e mustangs, que trazia sanduíche de filé no pão francês pra repartir com os filhos. Que nos levava para tomar caldo de cana "na estrada", todo santo domingo. Que comprava tantos pastéis de queijo quanto eu conseguisse comer, para desespero da Mamãe. Que me deu minha primeira bicicleta e meu primeiro - e único - contrabaixo, que eu preservo até hoje.

Das poucas lembranças que tenho da minha infância, as que se referem ao meu pai tem cheiro de couro e de óleo diesel - esse que até hoje, em meio ao caus do trânsito, me transporta ao passado. É das visitas repentinas no meio da semana, devido a algum percalço de trabalho que o fizesse deixar o seu posto, que eu tenho mais saudades. Era quando eu, adormecida no sofá, sentia meu pequeno corpo ser erguido por mãos fortes, de encontro ao frio toque do couro do casaco que o protegia da noite lá fora e o cheiro do óleo diesel que a Toyota Bandeirante impregnava em quem a adentrasse. E quando amanhecia, ele não estava mais lá. Mamãe ao fogão fazendo o café dizia que ele já havia ido embora. No meu imaginário infantil, ficava como um sonho, de um pai que havia dirigido quilômetros e quilômetros só para carregar sua filha para a cama.

Passaram-se os anos e com eles as demonstrações de afeto, os carinhos, as brincadeiras. Como se por decreto, aquele que cresce não tem mais direito a nada disso. E a distância foi se instalando, crescendo, devorando como cupim que ataca uma relíquia de família. Ficou aquele vazio em vida, uma saudade de quem ainda nem partiu.

É triste, muito triste. Mas é a vida e assim são as pessoas. Muitos vêem a beleza nas pequenas coisas e disso tiram seu fôlego para viver. Outras precisam buscar nas grandes seu incentivo. Mas, na futilidade e na superficialidade nas quais tudo o que é pretensioso se encerra, sentem-se cada vez mais incompletas, cada vez mais insatisfeitas. E seguem assim, de mal com a vida, achando que tudo aquilo que conquistaram não foram dádivas, mas sim, nada mais do que um pagamento pelas argruras que a vida trouxe e traz.

Porém, como quase tudo no mundo, pessoas assim tem salvação. Digo isso, porque em meio a tanto ressentimento da vida, presenciei algo de se emocionar. Nesse domingo de Dia dos Pais, vi quando meu pai pegou carinhosamente meu filho - que brincava no chão da sala - em seus braços . Sentou-o ao seu colo e nesse instante algo mágico aconteceu: a nuvem escura descobriu um rosto risonho, um semblante sereno. Naqueles olhos verdes vi um menino de pés descalços correndo livre pelos campos. Vi uma felicidade tímida, um amor tão grande que só a inocência das crianças é capaz de despertar. Naquele momento, algo dentro de mim desejou ser criança novamente, só para desfrutar daquele olhar. E, no momento, em que eu quase invejava ao meu próprio filho, meu pai levantou os olhos e sorrindo me disse: "Ele se parece muito com você quando tinha essa idade."

(...)

Depois de trocentas tentatativas...

... consigo acessar meu blog. Eu odeio quando o PC insiste em dizer que eu não sou eu. Faça-me o favor...
Eu tive que mostrar quem é que manda nessa relação, fazer o quê.

11.8.06

Promessa - E nem é ano novo

Tenho três malas para arrumar. Viajar com filho, mesmo que seja para passar dois dias fora, é uma mudança, tralha que não acaba mais.

Mas antes, queria vir aqui e formalizar uma promessa que acabo de me fazer. A partir de hoje, fecho a boca (oooooooohhhhhhhh!). E quando voltar, inicio uma atividade física (nuuuuussssaaaaa...).
Recebi uma foto de uma amiga que, mesmo com o filho fazendo dois meses, já voltou a ótima forma física de antes do parto. A ficha caiu de vez quando uma outra acabou de me dizer que, se não tomar cuidado, depois do segundo filho a coisa desanda de vez. Aí me perguntei: mais???

Gente, não pensem vocês que eu sou futil, mais uma cabecinha de bagre que engrossa o cordão do culto exacerbado ao corpo. Longe disso. É só resgate de auto-estima mesmo, coisa minha. Enfiei o pé na jaca quando estava grávida, comi por dois, três, cinco. Acreditei piamente que estar grávida era salvo-conduto para engolir tudo o que viesse pela frente. Só que o bebê nasceu, daqui a pouco fará nove meses e eu continuo aqui, na mesma.

Rê, pensei muito no seu comentário sobre a amamentação. Cheguei a conclusão que fiz tudo o que podia (inclusive a maioria das coisas que você falou!), fiz a minha parte. Sem neuras, sem dor na consciência! E, certa disso, agora vou cuidar de mim um pouquinho. Acho que preciso estar bem, para continuar cuidando bem do meu filho, não é? E não é só do peso que tenho que cuidar. Falo da dor nos joelhos que carrego desde a gravidez, das crises de rinite que, sem intervenção, voltam cada vez mais fortes e abaixam cada vez mais a minha imunidade. Enquanto eu tinha leite, havia um bom motivo para suportá-las. Agora, já seria teimosia da minha parte - e até irresponsabilidade - não me cuidar e correr o risco de ver a coisa evoluir para algo mais sério.Obrigada por seu carinho e atenção, saiba que sigo te mirando como exemplo!

Essas flores são para você, espero que goste.















Tenham todas um lindo fim de semana. Posted by Picasa

10.8.06

Papelão

Alguém aí pode me dizer o que foi aquilo no Morumba ontem?
E essa zona na Inglaterra hoje?
E esses putos do "rebolalá"?
Será que o mundo pirou de vez e eu não tô sabendo??????????????

Tô desolê. :o(

9.8.06

Diga onde você vai, que eu vou varrendo

Não sei se já falei antes, mas eu moro numa vila militar. Construções da década de 50, made in Niemeyer, que por sinal devia ter alguma coisa contra crianças. A maioria das casas tem escadas enooooormes, com paredes e mais paredes de vidro. Um prato cheio para vocês sabem o que.

O bacana, é que todas as casas tem jardim e a vila é repleta de espaços verdes, com árvores bem mais antigas do que nós todos juntos. Tá bom, quase todos juntos.

Partilhamos com nosso vizinho de uma dessas espécimes, a qual até hoje não sabemos se é um Flamboyant ou não.
Veio a primavera, e nossa antiga irmã começou a despejar baldes de suas lindas flores vermelho-alaranjadas por toda a frente de casa. Quando elas cobrem o chão, pode-se até imaginar uma poética fotografia. Mas quando vem os torós de verão, você olha para fora e vê aquele misto daquilo que antes eram flores, folhas, mais uma gosma que elas soltam - e que gruda como chiclete - e toda a poesia vai embora. Na época, eu que estava grávida e não tinha ajudante, de pazinha e vassoura na mão, me consolava com o pensamento de que aquilo acabaria ao final do verão.

Mas veio o outono e não acabou. Estamos no segundo inverno por aqui e ainda não me conformei com a árvore sujona. Agora entendo bem o porque do outro vizinho ter um decorativo banco com raízes bem no meio do seu gramado. :o/

Cruel eu? Fala isso porque não é na frente da SUA casa.

Porém, todo mês de agosto, nossos vizinhos recebem a visita de seus parentes. Os parentes são deles, mas a espera é nossa. É que o pai do meu vizinho, um senhor muito querido, tem verdadeira mania de arrumação (quem dera eu fosse assim!). Não há uma só manhã em que eu acorde e não dê de cara com uma frente de casa toda limpinha. O dia mal chega, já vai ele com sua vassoura de piaçava e a pazinha. Detalhe: ele varre a frente da casa do filho, da minha e de mais uns dois ou três vizinhos.

Semana passada acordei já com o pensamento em criar vergonha na cara e chamar o jardineiro para podar os "periquitos" que já estavam numa baita crise existencial, crentes de que eram trepadeiras. Adivinhem? Eles já estavam aparadinhos, lindos lá no canteiro... Será que além de organizado, o vovô também é vidente???

E não tem sábado, nem domingo, nem feriado. Logo que o sol desponta, já se escuta o barulhinho da vassoura do "Vovôvarrendo".

Bem que ele podia se mudar de vez para cá. :p

7.8.06

Semana Mundial da Amamentação

Semana passada foi dureza. Quando vinha a inspiração, a conexão ia embora. Eu até que pensei em várias "cousas", das quais gostaria muito de falar aqui. Mas eu sempre me extraviava no caminho entre o resto da casa e o escritório. E olha que nem é tão longe assim.

Numa trégua entre a minha vontade de postar e a má vontade do servidor, li no blog da Renata, que desde o dia 1º tem se comemorado em mais de 120 países a Semana Mundial da Amamentação. E numa iniciativa muito bacana de uma moça chamada Denise, aconteceu uma blogagem coletiva, onde parte da blogosfera se mobilizou a postar sobre o tema. Sendo assim, eu quero muito, nesse último dia de campanha, dar o meu depoimento. Senta que lá vem a história.

Sempre sonhei em ser mãe e, assim sendo, sempre imaginei a amamentação parte integrante do ato se der mãe. Ao engravidar, entre as várias mudanças pelas quais passam nosso corpo e nossa mente, comecei a me preparar para o aleitamento: banho de sol, esfoliação, entre "n" outras coisas ditadas pelas comadres e agregadas. Como acontece com 99,9% das mães de primeira viagem, temia que meu seio enpedrasse, rachasse, inflamasse e todos os outros "asses" que me diziam serem possíveis de acontecer.
Escolhi uma maternidade que sustentava o lema do "aleitamento materno em primeiro lugar". Visitei o local, gostei das instalações e, principalmente, em saber que ela contava com uma equipe de doulas que auxiliam as mãe na hora P.
Por uma decisão conjunta entre eu, meu marido e nosso obstetra, nosso bebê não chegou ao mundo através da forma natural, como eu desejava. Mesmo assim, melhor parto seria impossível. Ele nasceu muito bem, lindo, fortão e anunciou isso a plenos pulmões, ainda dentro do útero.
Porém, minha decepção com a referida instituição começou ainda na sala de cirurgia. Não colocaram meu bebê para mamar em meu seio assim que fui liberada da cirurgia, como haviam me garantido que fariam. Embora ele tenha seguido para o quarto nos meus braços, nenhuma enfermeira nos acompanhou para que pudessemos alimentá-lo e quando perguntadas quanto a isso, se limitaram a dizer que o bebê nascia com um, digamos, suplemento alimentar que o manteria saciado por até 12 horas. Teimosa como sou, pedi ao meu marido que o colocasse em meu colo, porém não consegui fazê-lo mamar. Ele chorava muito e não conseguia pegar o peito, logo adormeceu.
No outro dia, as coisas pioraram. De tempos em tempos, aparecia uma enfermeira - nunca a mesma - que pegava meu filho, colocava-o no meu peito e ficava segurando sua cabecinha de encontro ao meu seio enquanto ele chorava e se remexia desesperadamente. Diziam que eu não tinha leite e espremiam meus peitos com a sensibilidade de quem ordenha uma vaca. Depois de várias tentativas frustradas, meus seios estavam doloridíssimos e o bebê chorava de fome. E o pior, ninguém fazia nada, a não ser me espremer e dizer que eu não tinha leite, claro. Tive que implorar para que alguém preparasse um complemento alimentar para meu filho, o que foi feito muito a contragosto das irmãs (a maternidade é regida por irmãs de caridade), que a essa altura já haviam dado todas as provas de inflexibilidade possíveis.
A essas alturas, eu era um misto de felicidade extrema, medo e insegurança. Meu filho acabava de vir ao mundo e já havia ficado quase 15 horas sem comer. Que espécie de mãe eu seria assim?
Com a graça de Deus, no dia de minha alta ele pegou o peito. Tímido e assustado, conseguiu sugar um pouquinho do colostro. Assim, teve alta comigo. Mas em casa, não conseguiu mamar novamente e tivemos que voltar à maternidade. Novo choque: a irmã não queria que dessemos o complemento à ele. Não percebia que o bebê não havia ainda aprendido a mamar e que precisaríamos de mais algum tempo até que ele aprendesse e que, enquanto isso, não poderia ficar com fome. Foi uma briga daquelas entre o pediatra e ela.
Voltamos para casa e a primeira semana com meu filho foi a mais maravilhosa, mas também a mais difícil de toda a minha vida. Para ensiná-lo a mamar, sem deixar de alimentá-lo, eu o colocava no peito, deixava que ele brigasse bastante, se esforçasse e sugasse pelos menos um pouquinho. Depois dava pequenas quantidades de Nan no copinho. Até no bico de silicone nós demos, para que ele treinasse a sucção. Apesar de ter nascido de 40 semanas e com 3,650 de peso, ele se comportava tal qual um recém-nascido, pois dormia só de ver o peito.
Com 13 dias, ele estava abaixo do peso com o qual havia deixado a maternidade. Minha auto-estima já estava por um fio, haviamos passado por dois pediatras que só pioraram a minha situação, meu leite pingava e meu bebê não mamava. Juro que cheguei a pensar em desistir do peito e, se não o fiz, foi por força e apoio de meu marido. Temia que meu filho perdesse ainda mais peso e adoecesse por minha culpa. Foi assim, quando eu era um trapo humano que só sabia chorar, que encontramos o pediatra atual do Pipe. Com sua orientação, chegamos ao Projeto Casulo, que consiste numa equipe que dá apoio às mães que amamentam. Lá, constataram que eu tinha muito leite, que eu já havia conseguido ensinar meu filho a mamar (a pega estava perfeita, a posição e tal), mas que ele era muito, mas muito preguiçoso mesmo e isso o estava impedindo de mamar. Me ensinaram várias técnicas para mantê-lo acordado no peito e insistiram para que eu o amamentasse com o intervalo máximo de duas horas para que ele recuperasse o peso. Visitávamos o projeto de dois em dois dias para pesá-lo e acompanhar seu desenvolvimento. Ao final de duas semanas após nossa primeira visita ao Casulo, meu filho já havia atingido o ganho diário de 40 gramas por dia (a média é de 20) e mamava como um bezerrinho. Me lembro que um dos dias mais felizes de minha vida foi quando o pesamos e vimos que ele havia engordado 200 gramas. Como vibramos com a sua conquista!!!
Depois disso, as coisas fluíram maravilhosamente bem e hoje ele caminha para os seus nove meses. Provavelmente, já passou dos dez quilos e dos setenta e cinco centímetros. Enfim, está um garotão.

Hoje, consigo traduzir com mais clareza que aquele desejo que eu tinha de amamentar se tornou uma necessidade quando o Felipe nasceu. Não devido à convenções ou ao orgulho próprio: eu devia isso a ele. Através do meu leite, era como se minha força vital e minha energia fossem preenchendo aquele corpinho, dando força a cada uma de suas celulas, recheando cada uma daquelas dobrinhas lindas. É bonito você ver seu filho crescendo e saber que, até então, ele só se alimentou de você. Acredito que amamentar é, antes de tudo, um ato de amor. Pelo tempo que seja, você se doa ao seu filho e essa doação é assimilida por eles de uma forma muito positiva. Sendo assim, acho que todo esforço é válido. Ontem, hoje e sempre. Infelizmente, hoje meu leite não "anda tão bem das pernas". Após tomar vários tipos de chás que prometem ajudar na produção de leite e devorar muitos comprimidos de Plasil da vida, resolvi deixar a natureza agir. Sigo oferecendo o peito e ele segue aceitando, mesmo com a introdução de outro tipo de leite e dos demais alimentos. Se o meu leite em si não tem sido suficiente para saciar sua fome, fica o carinho, o aconchego, o calorzinho daqueles momentos que são só nossos. Ali, quando ele está em meus braços, acalentado, todas as belezas do mundo parecem ficar no doce murmúrio dos seus lábios no meu seio, na sua mãozinha quente a me tatear. É nessas horas em que eu recarrego todas as minhas forças. Até parece que ele é que está me alimentando, tamanho é o amor que sinto em seus olhinhos. Posted by Picasa

3.8.06

A falta de assunto...

... é devido à falta de sono durante a noite, que gera lezera geral durante o dia e que, consequentemente, gera desânimo total para estar no computador, pois quando posso estar aqui quero mesmo é a minha cama - já que meu travesseiro é bem mais confortável do que o teclado e babar por aqui não é legal.
Tudo isso porque o filhote anda meio entupidinho, tadinho, pois esse tempo maluco tá numa de "não-sei-se-vou-ou-se-fico". Primeiro foi a humidade do ar, ou melhor, a falta dela. Com tudo seco, aleluia, veio a chuva, mas com ela um frio de lascar e - coff, coff - uma tosse pra lá de chata grudou no Pipe.
Resumindo: ninguém dorme no reino encantado.

Enquanto isso, lá fora, no jardim...

Vivaaaaa!!! Meu pé de azaléia que eu dava como "não-vingado" está com três florzinhas! :o)

Só que até agora não parou de "pingar" e eu não pude ir lá "imagear" o feito pra colocar aqui. :0/

Mas tudo bem, que chova mais uns dias e eu vou precisar de beijo de príncipe para voltar a forma humana. Croac.